sábado, 27 de dezembro de 2008

Aonde está o Prazer?

Todos dizem que o Natal sempre traz algo de bom, que o nascimento de Cristo é uma benção na vida dos humanos. Ok... Mas o meu Natal foi deseperançoso, sem bençãos. O cansaço e o tédio me invadiram como há anos eu não sentia.
Uma sensação de que as mudanças que por ventura necessitem ser feitas, dependem apenas de mim mesma e que a força para isso está em algum lugar que eu não consigo mais enxergar.
Tudo bem que existe coisa pior no mundo. Existem canceres piores do que o meu!
Mas vejo por um binóculo a possibilidade de um dia ir a Paris e poder morrer tendo feito algo que realmente me daria prazer.
Aliás, aonde anda o Prazer?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Solitude

Eu vinha escrevendo neste espaço de uma forma "horária" , digamos assim.
São tantos acontecimentos que vivi e ainda vivo, que me perco nos detalhes.
Eu estou em pleno "inferno astral" e a paciência tem me faltado.
A verdade é que estou cansada da vida que levo, da vida que tenho. Percebo que ninguém é comigo como eu sou com as pessoas. Ninguém é igual, isso eu já sabia. Mas de vez em quando alguém me perguntar como estou passando ou se estou precisando de alguma coisa, seria um bálsamo para a minha existência!
Vejo pessoas saudáveis se auto-destruindo. Fumando em excesso, bebendo em excesso, se drogando em excesso. Eu queria ter a saúde delas!
Voltar no tempo, não posso. Apagar os erros também não posso. Preciso olhar em frente, mas tenho medo do futuro. E não posso viver do passado. Ihh... deu crise!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

C.A.P.O.P

Não podia me esquecer de falar sobre essa sigla.
No final da década de 60 até um pouco da de 70, essa sigla circulava nos vidros dos carros.
Era uma grande incógnita. Até que um dia descobriu-se que significava: Cagando e Andando Para a Opinião Pública. Ah, agora sim!
As pessoas precisavam ser elas mesmas e não ligar mais para o que uns e outros estavam falando ou achando!!
Será que não seria um bom momento para relançarmos esse Slogan? :)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Divisor de Águas

Entrar para a Faculdade de Psicologia foi uma marco na minha vida.
Até então, embora muito namoradeira, nunca me havia permitido pensar em qualquer coisa relacionada a sexo. Via essa possibilidade como algo longíncuo.
A Faculdade foi o que eu precisava para, definitivamente, abrir a minha cabeça e me tornar ainda mais diferente das pessoas em minha casa. Um divisor de águas.
As aulas eram tão interessantes, com tanto conteúdo...Nem sequer olhava para o lado para conversar, como fazia no 2° grau.
Minha turma era a C que depois se transformou em B. Muitas pessoas não conseguiram terminar o curso.
Assim que saí do meu trabalho, no consultório do Joacy, precisei ensinar tudo o que eu sabia para a nova secretária, que iria me substituir (Gina). Acabei fazendo um vínculo afetivo com ela e passamos a sair juntas.
Gina tinha um namorado que se chamava João. Um dia, me convidou para passarmos o final de semana em Friburgo. Eu fui e lá conheci rapidamente os tios dela e os primos. Eram pessoas muito amáveis. Gostei muito de conhece-los.
Passaram-se uns 2 meses e voltamos a Friburgo. Dessa vez Gina estava terminada com João.
Saímos muito naquele fim de semana. Toda noite, íamos à uma Boate dançar. O primo dela (Robson) ficava mexendo comigo, brincando. Fiquei com ele durante todo o tempo e começamos a namorar.
Ele veio morar em Niterói, porque havia passado para Engenharia na Santa Úrsula.
Era a 1ª vez na minha vida que me sentia realmente envolvida com uma pessoa que estava próxima de mim. Embora ele fosse de Friburgo, a semana inteira passava aqui e depois passei a ir com ele pra lá nos feriados ou sábados.
Foi então que decidi que estava mais do que na hora de fazer sexo. Já tinha lido tudo o que eu podia a respeito, já tinha completado 21 anos. Pensei: "por que não"?
Parti pro médico, pedi um anti-concepcional e comecei a tomar.
Robson ficou assustado quando eu disse que estava na "hora" e me perguntou se eu tinha certeza do que eu estava falando. Eu estava absolutamente segura.
E assim tudo aconteceu, da melhor maneira possível e de uma forma inesquecível.
Nesta mesma época, minha amiga Katarine se encantou com um amigo de Robson e transou com ele lá em Friburgo. Tudo acontecia na casa de Katarine em Friburgo.
Avisávamos em nossa casa que íamos viajar. Ela dizia para a mãe que ia com minha irmã, o marido e as crianças. Eu dizia para a minha mãe que ia com ela, o pai e a mãe. Íamos rezando na ida e na volta para que nossas mães nunca descobrissem que estávamos mentindo. Não tinha como falarmos a verdade!
Eram dias muito bons em que a alegria nos contagiava. Ríamos, íamos ao mercado, tentávamos cozinhar. Ótima fase.

Katarine e Eu em 1976

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Amigos que saem e Amigos que entram

Assim que repeti o ano no São Vicente, além das amigas que citei, passei a conversar sempre com Nancy. Eu e ela tínhamos algo em comum: tínhamos namorado o mesmo cara, em ocasiões diferentes. Com Nancy eu compartilhava não só minhas histórias como também gostos musicais e cinema. Íamos muito no cine São Bento, ver filmes de graça. O padrasto dela era o porteiro do cinema! :)
Tentei arrumar um namorado pra ela, que era amigo do meu primo Rodolfo. E de fato, enquanto eu tinha um mnamoro secreto com meu primo, ela me acompanhava e ficava com o Flavio , vulgo "Metralha". Falava pelos cotovelos. Ríamos muito!
E nós fomos estudando juntas até 1974, aonde fazíamos o pre-vestibular pelo Acadêmico.
Ela queria Arquitetura e eu pretendia fazer Medicina.
Mas na hora da inscrição para as faculdades, eu dei um passo atrás e pensei: "Jamais passarei em Medicina! Não estou estudando nada!". As opção então foram: 1º. Enfermagem e em 2º.Psicologia.
Fiz as provas e senti pelo gabarito, que não iria conseguir os pontos necessários.
Fiquei triste, mas não desisti da luta. Peguei o Jornal e procurei um vestibular "isolado" em alguma Faculdade particular. A Faculdade Celso Lisboa estava com um preço razoável, era reconhecida pelo MEC e eu entraria na segunda turma dela.
Foi aí que passei. E para minha surpresa, encontrei lá muitas pessoas que haviam estudado comigo. Até mesmo Ana Lucia estava lá. Tinha passado para Pedagogia.E a partir desse ano, minha amizade com Ana Lucia esfriou totalmente.
Um belo dia,perdi o contato com Nancy. Sabia que ela havia entrado para Arquitetura na UFRJ, se não me engano. Se inscreveu no Projeto Rondon e foi para o Norte.
A vida na Faculdade foi me envolvendo. Muitas coisas para estudar. Porém meu pai estava com seu salário congelado e não estava em condições de pagar minha Faculdade sozinho. Conversando com mamãe, decidi ir trabalhar e rachar o valor da mensalidade com ela. E assim foi feito. Fui trabalhar no consultório de Psiquiatria do Joacy, que já havia sido meu analista. Trabalhei com ele 9 meses, porque meu pai foi convidado para trabalhar no Governo de Raimundo Padilha, aqui em Niterói, como "Chefe da casa civil". O salário dele melhorou bastante e eu pude me dar ao luxo de só estudar.
Isso era 1975.
Eu e Nancy mantínhamos algum contato por carta e depois fiquei sem saber dela.
Eu tinha também uma amiga que eu gostava bastante, que se chamava Katarine. Sempre saíamos juntas, dormíamos uma na casa da outra. Viajávamos juntas.
Ela entrou para a Faculdade Maria Thereza para fazer Biologia. Havíamos feito juntas o curso de análises biológicas, que era uma piada.Aprendemos a pipetar urina, a fazer exame de RH, a fazer exame de fezes e por aí vai.... Daí ela arrumou um emprego nessa área e por lá ficou.
Havia em Katarine um aspecto "utilitarista", que eu não via em Nancy.Mas isso é papo para outro dia.


Katarine, Nancy e Eu -1974

A carteirinha da Celso em 1977 (não achei a de 1975)

domingo, 18 de maio de 2008

Ponto pra mim!


Por falar em 1973, neste ano eu me meti numa excursão com minha amiga Celinha e a mãe dela para Buenos Aires e Montevideo. Foi uma viagem longa porque fomos de ônibus.
Claro que levei dúzias de Dramin na bolsa e dormia horas. Mas quando estava acordada, sempre era divertido, porque passamos a ter maior intimidade com o pessoal todo.
Tinha gente de todo o tipo e lugar. Gente de Manaus, do Recife, de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Niterói.
O ônibus ia parando em cada cidade, onde tínhamos um pernoite no Hotel e no dia seguinte continuava a viagem. E assim fomos até São Paulo, depois Curitiba, Blumenau, Porto Alegre. Em Porto Alegre pegamos um ônibus mais confortável, tipo leito, e rumamos para Montevideo.
Cidade linda, mas vazia. Quase não se via ninguem na rua. O Hotel era ótimo e confortável.
Ficamos lá 2 dias e depois fomos para Buenos Aires. Pode-se ir pra lá Rio da Prata, num tipo Aerobarco, que levava 55 minutos para chegar. O negócio ia saculejando por aí afora. Lá chegando, fiquei encantada com tudo.
As pessoas eram todas bonitas. A cidade limpíssima. O comércio baratíssimo. Comprei várias coisinhas para mim e para a familia, como por exemplo um tênis adidas legítimo, branco com azul. Um charme. Estava na maior moda usar um Adidas legítimo!
Conheci praticamente tudo em Buenos Aires. Ficamos lá 5 dias.
Na volta, fomos parando com mais vagar nas cidades.
Fomos a Punta del Este, que é fantástica. Andamos de teleférico. O visual era incrivelmente lindo! Depois, já em Porto Alegre, fomos a Caxias do Sul, Gramado, Canela, Nova Hamburgo. Visitamos fábricas e até vinícolas. Pensava no quanto Papai gostaria de ver tudo aquilo que eu estava vendo.
Papai era um homem viajado. Viajou o Brasil inteiro. Só não conseguiu ir para o exterior. Morreu sem ter conhecido Portugal, sua paixão.
Mas enfim, depois do Rio Grande do Sul, fomos para Santa Catarina e conhecemos Florianópolis, Blumenau, Joinville. Era Janeiro e estava muito calor. Não fui à praia, mas mergulhei muito na piscina do Hotel.
A mãe de Celinha usava uma peruca "Kanecalon" e sempre na hora de dormir a peruca fica "assustando" em cima da cômoda. Era engraçado isso!
Em cada cidade, sempre rolava uma paquerinha com alguem. ;)
Em Curitiba, que é uma graça, fui ao cinema ver "Blow Up". Sempre adorei cinema. Não perdia um filme sequer!
No outro dia, fomos num restaurante aonde tinha um garçon "famoso". O cara já tinha ido no Programa do Chacrinha e tal. Na verdade, eu não achei muita graça no cara não. O melhor era a palhaçada que rolava entre a ala jovem da excursão.
O chato é que tinha que acordar cedo todo dia. Mas foi uma viagem que entrou para a história. E o mais legal de tudo é que quando Celinha me convidou para essa viagem, eu não esperava que papai me deixasse ir, afinal ele nunca havia pago viagem nenhuma pra nenhuma das filhas dele. Ponto pra mim! :)



Nós no Restaurante de Curitiba
Eu, D. Lucy e Celinha em Punta del Este

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Sarcófago

Em Julho de 1973, eu fui passar 2 semanas em Barbacena na casa de meus tios.
Foi a 1ª vez que viajei de ônibus , sem meus pais. Convidei duas amigas para irem comigo: Celinha e Helena.
Sempre que viajava de ônibus tomava 1 comprimido de Dramamine (Dramin) e dormia que era uma beleza. Helena havia me dito que costumava enjoar em ônibus. Aí eu me lembrei de uma "simpatia" que papai havia me ensinado: segurar 1 moeda na mão. Isso passaria o enjôo. Bem, lá fomos nós na nossa aventura, sozinhas, como se fossemos adultas. Estava tudo muito engraçado até a hora que Helena tirou uma pera de dentro da bolsa e começou a comer. Eu pensei: "isso não vai dar certo". De fato, não deu. Ela começou a golfar. Sorte que estava sentada atrás de mim. Deus me livre me sentar com ela!! Na parada seguinte, dei um Dramin pra ela com coca-cola. A moeda não tinha adiantado nada! Mas chegamos sãs e salvas em Barbacena.
Logo no 1º dia saimos à noite. Fomos para o barzinho da moda. Claro que nós 3 fomos a atração do Bar. Minha prima, Berenice, nunca foi tão aclamada na vida dela. Todos a chamavam para serem apresentados a nós. Que máximo!
Foi aí que comecei a "ficar" com um estudante de medicina que morava em Belo Horizonte.
Ele não era bem o meu tipo físico, mas tinha os dentes lindos, era magro, de cabelo grande.
Celinha ficou com um amigo dele, que se chamava Sheldon. E Helena ficou com Ronaldo. Tnha mais um amigo deles que ficou me olhando, mas aí já era tarde.
Passamos essas duas semanas nos divertindo muito. Saíamos de carro sempre, num fusquinha preto do Elbert, que mais tarde ficou com Helena.
Sexo sempre foi um tabu na minha casa. Repressão e controle caminhavam juntos lá.
Eu sempre fui bem comportada. Mas com o Fausto senti coisas diferentes que nunca havia sentido antes. Diagamos que ele tinha uma boa "pegada". ;)
Enfim, havia sido inaugurada uma boite na cidade que se chamava "Sarcófago". Se fosse hoje, eu diria que era uma boite gótica. Luz negra, vários caixões na parede desenhados, um abiente lúgubre. Mas tocava altas musicas lá. O DJ era bom. Dançamos muito.
Fomos também num sítio de um amigo dos meninos, meio afastado da cidade. Acontecia tudo aquilo que se vê em novela: um correndo atrás do outro, se escondendo do outro, pra no fim cair na pegação! Divetidíssimo.
Eu e Fausto começamos a namorar naquelas férias e no dia que viemos embora, foi a maior choradeira na rodoviária.
Depois disso, ficamos nos comunicando por carta e por telefone.
No feriado de 7 de setembro, ele veio a Niterói com o Elbert. Foi muito bom. Eles almoçaram na minha casa e ficaram hospedados naquele hotelzinho fajuto na Praia das Flexas. Fausto fez o impossível para me levar pra cama, mas eu neguei categoricamente. "O que os outros iam pensar? E minha mãe?".
O meses foram passando, eu ainda fui a Belo Horizonte encontra-lo, mas ele estava diferente, menos efusivo, menos apaixonado. Fiquei triste. E o tempo foi passando e nós nos afastando, até que um dia acabou. Namoro de longe não tem sustentação.
Voltei a vê-lo em fevereiro de 1975, num carnaval. Ficamos juntos, mas foi só isso e fim.


Vera, Sheldon, Celinha, Eu, Fausto , Ronaldo e Helena

Eu (tipo Araribóia), Elbert e Helena

terça-feira, 6 de maio de 2008

"Favor não colocar perfume nesta sala"

A partir dos meus 16 anos, costumava ler Revistas que continham "fotonovelas". Revista Grande Hotel e Revista Capricho vinham com histórias ótimas, sempre envolvendo amores proibidos, traições, finais felizes.
Na Revista Grande Hotel começou a vir uns brindes, cartas do Tarô. Cada semana vinham umas 5 cartinhas, até formar um baralho inteiro. E vinha dentro da revista, o modo de se colocar o Tarô para o consulente. Eu achava isso o máximo! Adorava tudo relacionado ao misticismo.
Assim começou meu interesse pelas cartas.
A mãe de Ana Lucia sempre ia numa cartomante no Ingá, que se chamava "Maria dos cachorros".
A gente ia com ela e ficávamos pasmas com a sujeira que tinha lá. Dona Maria tinha prometido que todo cão que aparecesse em sua porta seria recolhido e alimentado. Então, na salinha de espera tudo fedia a cachorro. E tinha uma placa assim "Favor não colocar perfume nesta sala". A gente morria de rir!
Um dia, eu e Ana Lucia fomos nos consultar. Quando chegou na minha vez meu coração disparou. O baralho era todo roído ou estava muito velho.
Eu sentei na cadeira e cortei o baralho e Dona Maria fechou os olhos, como se estivesse dando uma cochilada, e começou a falar. Não me lembro o que ela disse, mas lembro que foi algo que concordei relacionado à minha familia.
Mas íamos lá para sabermos de namorados, se íamos casar, coisas banais. Assuntos que povoavam a cabeça de toda adolescente normal daquela época.




domingo, 4 de maio de 2008

Dazed and Confused

Os carnavais em Teresópolis eram os melhores. Íamos pro Clube Higino.
Antes de completarmos 15 anos, íamos apenas nas matinées, mas depois passamos a ir à noite. Nós sempre fomos estimuladas à fazer fantasias para o carnaval. Cada ano era uma diferente.Infelizmente, não tenho nenhuma foto daqueles carnavais, mas me lembro muito bem de nos vestirmos de Índia. Imagina, eu branca desse jeito com uma roupa de índia branca? Mas é!A índia de Ana Lucia era amarelo ovo. E ela ficava bem, porque era morena.Fizemos uma vez um pareô muito legal, que me inspirei em um que minhas irmãs fizeram para um baile do Havaí no Clube Central. Era um tecido de algodão cru, longo e aberto dos lados,costas de fora, com mãos pintadas. Colocamos cílios postiços e maquiagem pesada (sempre adorei maquiagem). Ficamos lindas! E foi neste ano que fui fisgada pelo amor (ou pelo que eu julgava ser amor). Estava cantando e dançando em cima da cadeira no Clube e vi um cara gatinho me paquerando, só que ele tava acompanhado. Fui no bar pedir uma coca-cola e de repente ele apareceu do meu lado. Me pediu telefone, mas eu não dei porque ele estava com uma namorada ciumenta. Ele insistiu bastante, mas eu não dei.Meses depois, nas férias de Julho, eu encontrei esse cara , que se chamava Mario, na Granja Comary. Ele estava sozinho e sem namorada e quando me viu veio falar comigo e passamos a nos ver durante todo aquele mês de férias. Eu estava com 15 anos. Aliás, meu aniversário de 15 anos foi produzido por mim mesma. Eu pedi dinheiro à minha mãe e saí para comprar as coisinhas para a festinha. Usei uma saia longa, uma blusa verde de manguinha princesa e sandália amarrada até o joelho, tipo grega. Comprei 1 garrafa de Rum pra fazer Cuba Libre e me lembro que Ana Lucia bebeu alguns copos e não parava de rir.
Claudia estava namorando Joaquim e ele foi ao meu aniversário e me levou 2 Lps de presente: Led Zeppelin e The Temptations. Eu amei o Lp do Led Zeppelin, especialmente a música Dazed and Confused. :)
E foi também aos 15 anos que tive uma briga com Papai, porque ele não quis deixar eu ir pra Teresópolis no feriado de Finados. Ele disse que "não ficava bem uma menina de 15 anos ir encontrar o namorado lá". Mas eu argumentei que eu estava indo por causa do feriado, que eu não ia sozinha, ficaria com a familia de Ana Lucia, que apenas iria juntar o útil ao agradável. Mas não houve jeito. Ele ameaçou cortar minha mesada. Aí eu disse que isso era chantagem. Ele ficou enfurecido e saiu batendo porta. Foi para o bar, encontrar os amigos.
Chorei horas a fio. Mamãe falou pra eu me desculpar com meu pai e quem sabe ele não mudaria de idéia... Na esperança de que isso pudesse ocorrer, mesmo achando que eu estava certa, fui até a ele e me desculpei. Mas mesmo assim ele disse "Não". Com o passar dos meses, meu namoro com o Mario esfriou e acabou. Namoro de longe não dá mesmo certo!
Nesta época eu já tinha uma sobrinha, filha de Beatriz. Priscilla era muito calada e reservada e gostava de mexer nas minhas coisas e nas de Claudia. Claudia ficava irritada, mas eu levava bem a situação.
Minhas primas de Barbacena sempre passavam 15 dias de férias na minha casa no mês de janeiro. Meus primos de São Paulo também vinham, mas ficavam na casa de Tia Martha. Era divertido. E meu primo de São Paulo era louco por mim, a ponto de me agarrar no elevador!
Eu tinha medo dele!


Hotel Higino


Na frente: eu e Ana Lucia e Atrás: Maria Celia e Andreia

sábado, 3 de maio de 2008

Tio Nuno

Entre os meus 14 e 17 anos, nas férias, eu passei a ir para a casa do meu Tio Fernando , em Barbacena (MG). Ele tinha um Dauphine amarelo lindo demais! A viagem levava umas 7 horas de carro e umas 10 de ônibus. Quando chegava lá costumava ser a sensação da rapaziada. Porque lá tinha e ainda tem uma escola da Aeronáutica, a EPCAR. Então os cadetes que não tinham nada para fazer nos fins de semana, ficavam pelos bares na rua principal de Barbacena. E o lance era ficar passeando e paquerando os carinhas.Era divertidíssimo!
O fato de eu ser de Niterói , Rio de Janeiro, fazia com que todos me olhassem com um certo interesse.
Minhas primas Bernadete e Berenice faziam o possivel para eu me sentir em casa.
Teve um carnaval que fui pra lá e dois dias depois meu primo Luiz Henrique apareceu lá. Ele sempre foi tímido com as meninas. Mas a gente se encarregou de dar umas cervejas pra ele e arrumar uma garota para ele ficar. Ele bebeu muito e pegou a garota. Zoamos muito ele depois.
Durante as minhas estadias em Barbacena, adorava visitar meu Tio avô Nuno. Ele era um solteirão de cabecinha branca, simpático, conversado e muito engraçado. Fazia sempre uma piada inteligente. Tinha um rádio super antigo, que pegava estações de São Paulo e Rio de Janeiro.
Lá eu podia fumar meu cigarrinho e até compartilhar com ele. Muitas vezes eu filei um cigarro dele. Ele fumava Beverly. Era muito forte e sem filtro. Mas eu botava um algodão e fumava mesmo assim. Incrível isso.
Atrás da casa do Tio Nuno morava uma sobrinha dele, prima de 1º grau da minha mãe. Ela tinha vários filhos. E quando eu ia lá, todos sempre apareciam para conversar e conhecer melhor a prima "carioca". ;)
O fato é que eu e Tio Nuno ficamos alguns anos nos coreespondendo por carta. As cartas eram sempre muito hilárias. Muita saudade dele.
Tio Nuno



Eu, Luiz Henrique e a traseira do Dauphine



Berenice e Eu

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O importante é ter Charm

O fato de eu ter repetido o ano fez com que meu pai me chamasse de "repetente" o ano inteiro. Ao invés dele me chamar pelo meu nome ele dizia: "Repetente, telefone pra você", "Repetente, vem jantar" e por aí vai. Isso me irritava profundamente, mas tive que aguentar.
Na verdade eu , mais tarde, até agradeci ao Menino Jesus de Praga por ter perdido o ano porque fiz amizades muito melhores e de quebra, fiquei na sala de Ana Lucia.
Então eu me dividia entre Ana Lucia e o grupo dela e entre Celinha e Ingrid, que também eram da minha sala.
Celinha morava na Rua Alvares de Azevedo, aonde tinham os caras mais legais de Icaraí. Na casa ao lado da dela morava Madaleninha e seus irmãos Raulzinho e Marcelo.
Bem, passei a frequentar a casa dela e também as festinhas. Mamãe sempre aparecia para me buscar às 10 horas da noite, justo na hora que a festa estava bombando. Que saco!
Mas eu era obediente e ia embora direitinho, como manda o figurino.
Foi aí que conheci Luiz Antonio. Ele tinha 1.81 cm, era magérrimo e usava aparelho nos dentes. Ele me ensinou a beijar e começamos a namorar. Esse namoro durou uns 3 meses, talvez. Não me lembro exatamente.
Eu nunca consegui ficar sem namorado. Era engraçado isso. Sempre aparecia um querendo ficar comigo. Mas eram namoricos bobos, não cheguei a me apaixonar por nenhum deles nessa época. Só fui me apaixonar aos 15.
Na casa de Madaleninha as coisas eram bem liberais. Por isso a casa dela vivia cheia! Todos os surfistas iam lá. Quando a praia de Icaraí estava de ressaca, íamos todos assistir os meninos surfando. Eu estava sempre com meu cigarrinho escondido na bolsa. Primeiro comprava "Capri", depois passei para "Minister", depois para "Carlton", mais a frente "Marlboro" e finalmente me apaixonei pelo "Charm". ;)
Mamãe achou o maço de cigarro uma vez na minha bolsa e quando cheguei em casa perguntou: "de quem é aquele maço de cigarro que vi na sua bolsa"? Eu dei a resposta óbvia: "é de Ana Lucia". :)))))))
Mamãe ficou desconfiada, mas engoliu a mentira.

Só o Amor Constrói

As férias que eu passava em Teresópolis eram fantásticas.Gostava de estar dentro da familia de Ana Lucia e o pai dela (Murilo), especialmente, me considerava uma filha. Muitas vezes me apresentou a amigos como "filha". Eu achava lindo, porque como eu já escrevi antes, ele era super afetivo. A mãe dela (Fanny) tinha o humor bastante variável. Tinha dias que me tratava muito bem, simpática, risonha e em outros nem olhava pra minha cara. Um dia eu vi no espelho do quarto dos pais de Ana Lucia a frase "só o amor constrói", escrita com batom. Eles brigavam muito e acredito que ela tinha ciúmes dele, afinal ele era um cara bonitão de olhos claros. Provavelmente a instabilidade emocional dela era derivada do relacionamento com o marido.Lembro-me de uma briga feia que terminou na calçada. Ela foi atrás dele falando alguma coisa e ele deu um empurrão bem no seio dela. Aquilo me marcou. Foi uma agressão séria. E eu acompanhei tantas coisas naquela familia! Coisas boas e ruins.Me lembro da gravidez de Fanny, da última filha. Ela vomitou todos os meses. Todos mesmo. E a criança nasceu muito antes da hora, lá em Teresópolis. E eu estava lá. Fui no hospital visitar. Era uma coisinha pequenininha (nasceu de 6 meses e meio) e teve que ficar na incubadora. A criança se chamava Cristiane.Apesar desse fato, eu e Ana Lucia continuávamos nos divertindo. Fazíamos campeonato de quem ficava mais tempo embaixo d'agua na piscina, jogávamos pingue pongue, andávamos de bicicleta e jogávamos buraco.
Eu estava com 13 anos quando aconteceram duas coisas: 1ª perdi o ano (2º ano ginasial) devido à meio ponto que o professor naõ quis me dar e 2ª Claudia me ensinou a fumar, só pra eu não contar pra Papai que ela fumava.




O Dedo de Deus

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Longe de Casa

Ainda na minha infância, costumávamos ir aos domingos almoçar no Leblon , na casa de meus tios Maria e Omar. Minha avó Iria (mãe do meu pai) morava com eles.
Nós pegávamos 1 ônibus até as barcas, atravessávamos a baia de guanabara e quando chegávamos na Praça XV, pegávamos o 415 para o Leblon.
Aqueles almoços eram ótimos. Minha tia Maria tinha 7 filhos e alguns netos. O programa "O Fino da Bossa" era o mais visto, assim como o LP de Elis e Jair não saia da vitrola daquela casa.
As risadas ecoavam em toda aquela casa, enorme por sinal, com vários quartos e banheiros. A casa era linda, bem decorada, um luxo!
Eu era muito agarrada com minha mãe. E assim como ela, se eu comesse demais ou algo diferente, ficava com náuseas e às vezes vomitava. Era aquele deus nos acuda. Eu ia pra cama dela e ficava lá até melhorar.
Ao mesmo tempo que eu odiava passar mal, também achava bom ficar de cama porque minha mãe não ia trabalhar e se dedicava exclusivamente a mim, me fazendo todos os caprichos.
Era chato quando ela saia pro trabalho e só voltava às 3 da tarde. Eu sentia falta dela.
Mudamos da Rua Domingues de Sá para um apartamento no Ingá, na rua Presidente Pedreira.
Lá conheci 4 amigas: Ana Lucia, Martha, Maria Celia e Silvinha.
Brincávamos de tudo: pique, boneca, queimado, concurso de miss, e Barbie! Meus Deus, Ana Lucia sempre tinha uma Barbie importada para brincarmos. Nesta época havia sido lançada nom mercado a boneca Susi. Minha mãe me deu uma. Eu elvava para a casa de Ana Lucia mas quando chegava lá sempre perguntava se podíamos trocar de boneca. :)
Enfim, essa parte da minha infância foi imensamente divertida. Foi aí que fui estudar no São Vicente de Paulo. Mas antes fiz uma prova para o Centro Educacional, mas perdi em Matemática.
Ana Lucia tinha uma casa em Teresópolis e sempre levava a mim e a Maria Celia pra lá.
Acompanhei a trasformação de uma casa pequena em uma casa muito confortável e com piscina.
Quando estava lá, percebia o quanto o pai dela era cuidadoso com ela e os irmãos. Sempre na hora de dormir ele ia até as camas e cobria e dava Boa Noite. Eu pensava: "poxa, que legal isso. Meu pai nunca fez isso". Eu ficava com uma certa bronca do meu pai por ele não ser tão afetivo. Na verdade ele era afetivo apenas quando bebia. Talvez por este motivo eu nunca me incomodei com a bebida dele.
Algumas vezes, em Teresópolis, eu sentia saudade de minha irmã Beatriz. Aí eu escrevia uma carta, até chorava, e botava no correio. Eu ficava lá sempre 1 semana ou 10 dias.
Gostava sempre de estar longe de casa, mas ao mesmo tempo sentia falta do carinho de minha mãe.
Aos 8 anos no Campo de São Bento


Turma do Admissão no São Vicente


Aos 10 anos na casa de Tia Maria, com minha mãe, Gegena e Gina(netas de minha Tia Maria)


terça-feira, 29 de abril de 2008

Menino Jesus de Praga

Quando estava na 4ª série, passei a ter aulas de catecismo com Dona Belinha. Era uma velhinha magrinha, de óculos, a bondade em pessoa. Por incrível que pareça, não achava a aula dela chata. Gostava de ouvir histórias sobre Jesus, Maria e José, o Paraíso, Adão e Eva. Aquilo tudo era tão mágico!
Mágica também era a possibilidade de receber a hóstia no dia da comunhão. Não podia mastigar a hóstia, tinha que deixa-la dissolver na lingua. Eu pensava: "e se eu engasgar?"
Nesta época, já rolava na minha casa uns santinhos com orações atrás que percebi serem Novenas.
Novena de São Judas Thadeu, de Santa Rita de Cassia, Nossa Senhora das Graças e do Menino Jesus de Praga. O Menino era tão rosadinho, tão bonitinho. Bem, eu via a Claudia sempre com uma novena dessas na mão. Estava sempre pedindo pra passar na prova, pro fulaninho telefonar e blablabla... Ouvia baixinho na hora de dormir: "obrigada pela graça alcançada".
Bem, finalmente chegou o dia da Eucaristia. Que frissom! Roupinha branca, véu, vela, missal e um terço lindo dourado que minha madrinha me deu. Que dia alegre, finalmente experimentar a hóstia!
Depois de uma missa longa, na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora (Salesiano), eu a recebi. Hum... tinha gosto de pão. Incrível! Pensava que o sangue de Jesus estava lá dentro!
Após distribuir todos os meus santinhos, voltei para casa com a sensação de que Jesus estava no meu coração.
E o Menino Jesus de Praga passou a ser meu santinho predileto da infância e adolescência. Com ele, sempre passava nas provas, mesmo as notas terem sido exatamente as que eu estava precisando! :)
Mamãe, Papai e eu

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Diferente

Eu estudei no Externato Aragon até a 4ª série. O horário era sempre à tarde, o que mais me incomodava. Pensava que estudar de manhã deveria ser mais interessante, pois teria a tarde inteira para brincar. Mas não me vi livre disso. Só consegui estudar de manhã quando fui para o São Vicente de Paulo, no Admissão (hoje seria a 5ª série?).
Enfim, ainda no Aragon, tinha boas notas. Nunca fui aluna de medalha de Ouro. No máximo consegui uma medalha de Bronze.
Angela vinha me explicar o dever de casa, mas não tinha muita paciência para isso. Eu observava a irritação dela pelo tom de voz e pela letra no bloco. Letra enorme, de pessoa irritada.
Preferia estudar com minha irmã Beatriz, era mais paciente e mais mãezona do que Angela.
Lembro-me de um dia chuvoso, acho que era feriado. Fiquei na varanda da casa da rua Domingues de Sá, em frente ao Campo de São Bento, brincando horas a fio com minhas bonecas de papel. Elas tinham um imã no corpo e se chamavam Vera Alice e Maria Lucia.
Ao lado da minha casa, no outro lado da rua, tinha o Cine São Bento. Lá eu vi filmes inesquecíveis. Tinha matiné aos domingos, com Tom e Jerry. Essa é a parte boa da infância.
Nas férias, Papai sempre viajava conosco. Ou íamos para casa de Tia Maria em Muri ou íamos para casa de Tia Martha em Friburgo, próximo ao Country Club.
Algumas vezes, viajávamos para Raposo. Eu odiava ir pra lá. Não tinha nada pra fazer. Só tinha gente velha bebendo aquelas águas todas.
Mamãe me obrigava a fazer xixi em todas as paradas que existiam. Mas muitas delas, eu não estava nem um pouco a fim. Era uma paranóia dela esse lance do xixi que ela queria passar pra mim. Ainda bem que não fiquei com essa mania.
Minhas amiguinhas dessa época eram minhas vizinhas: Heloisa e Miriam Sutter.
Heloisa era 1 ano mais nova do que eu, mas estudou no mesmo colégio. Não me lembro aonde Miriam estudava, mas ela era muito legal. Gostava de ir pra casa dela brincar. Uma vez até me escondi lá, para não voltar pra casa. Na verdade, eu achava minha casa alegre apenas quando meu pai dava os almoços dele. Do contrário, era uma casa chata, com pessoas mais velhas do que eu. Com opiniões divergentes das minhas. Desde então eu me sinto diferente delas. Sou uma pessoa diferente dentro da minha familia. Tenho as minhas idéias, que nunca foram apreciadas por ela. Fugi das regras.
Heloisa e Eu na Festa Junina do Aragon

domingo, 27 de abril de 2008

Externato Aragon, entra burro e sai ladrão

O colégio foi um verdadeiro sofrimento para mim. Significava ficar longe de casa, da minha vidinha protegida. Fui super protegida por todos na minha casa, por ser caçula.
Minha mãe, quando nasci, ficou 10 meses em casa só me amamentando! Um luxo isso!
No colégio (Externato Aragon), aprender coisas novas era o mais legal de tudo, mas em contrapartida tinha que lidar com meus medos. Um garoto da minha sala vomitou do meu lado na hora do recreio. Fiquei em pânico. Queria ir embora. Começou a se instalar em mim uma necessidade de ser livre que me acompanha até hoje.
Ter que ir pra aula, ter que estudar, ter que fazer dever, ter que ir dormir em determinada hora, era um horror!
Alguns amiguinhos eram legais. A maioria das minhas professoras eram meigas. Não podia me queixar. Ainda tinha meu primo Luiz Henrique lá, dois anos na minha frente. Muitas vezes eu pedia para ir para a sala dele, só para me sentir próxima de alguem da familia, me sentir em segurança.
Luiz Henrique tinha ódio quando eu ia pra sala dele. Morria de vergonha.

Aí está minha turminha da 1ª Série , com Tia Sonia

sábado, 26 de abril de 2008

Um dente pra frente e outro pra trás

O título de hoje é em refererencia aos meus dentes , assim que se tornaram "permanentes" e não mais "de leite".Minha irmã Angela, apesar de ter sido uma segunda mãe para mim, pois temos 14 anos de diferença, era super debochada. Então ela inventou uma música em que o refrão era este: "ou é um dente pra frente ou é um dente pratrás". Porque, óbvio, os dentes não nascem certinhos. Mas para mim aquilo era um escárnio. Eu ficava irada!Estava então entre 6 e 7 anos de idade. Era apegadíssima à cadelinha Chiná, que pertencia à minha irmã Beatriz. Nesta época tinha uma gata lá em casa, que deu 5 filhotes. Lembro-me que um deles era caolho. A gata resolveu dar à luz debaixo da cama da minha irmã Claudia. Claudia sempre odiou gatos. Tinha horror. Sempre antes de dormir, passava a vassoura embaixo da cama para checar se tinha algum gato lá. Não suportaria ter um gatinho desses subindo em sua cama.Eu gostava tanto de cães como de gatos. Mas minha preferência sempre foram os cães. São fiés e companheiros. A empregada lá de casa sempre ia me buscar no colégio com um cachorro no colo.Aliás, o colégio é um capítulo árduo da minha vida.
Chiná

Tudo Azul


Foi assim, mamãe depois de 7 anos, engravidou. Já existiam 3 filhas e agora a expectativa era que fosse um menino. Enxoval todo azul, nome escolhido: Adolpho.
Papai estava em sua boemia básica no dia do meu nascimento e só restou minha tia Martha para levar minha mãe para o Hospital. Às 7:05 da manhã, do dia 26 de novembro, nascia Alice e não Adolpho. O que???? Mas como?
Mamãe ficou com raiva. Mas Papai achou melhor assim, embora quissesse muito um companheiro para suas pescarias.
Na vitrola ouvia-se muito Elvis Presley, Tamba Trio, Metais em Brasa, Dorival Caymmi, Maysa, Trini Lopez... A música se fez presente desde sempre em minha vida.
Gostava de cantar. Viajava para Friburgo no carro dos meus Tios, sempre cantando.
Mais tarde, brincava de cantar com as amigas. Brincava de Miss. Meu marido sempre era o Elvis.
A infância não foi das melhores. Via muito minha mãe passando mal "do fígado". Tomava um copinho de vinho e de madrugada estava vomitando. Eu odiava aquele barulho e vê-la sofrendo. Deve ser por isso que odeio vomitar. Penso que a morte deve ser bem melhor do que isso.
1 ano de idade


10 meses


(aos 3 anos) no colo de minha mãe.



Aos 5 anos

domingo, 20 de abril de 2008

Trocas Humanas

Várias pessoas me aconselharam a fazer um Blog e colocar minhas vivências nele.
Então, esse blog se propôe a isso. E que hajam muitas Trocas Humanas, porque é disso que vivo.