domingo, 21 de março de 2010

Quando se é ignorante, sofre-se menos

As roupas foram divididas, assim como algumas jóias e alguns objetos. Mas a casa toda ainda tinha o cheiro dela. Tudo ainda tem a cara dela.
A saudade é uma emoção à parte. Não há nada e nem ninguem que possa substitui-la.
Sabia que o momento da perda se aproximava, entendia o desanimo dela e a aflição, mas constatar que não pude lhe dar o ultimo abraço e o ultimo beijo, não pude repetir mais uma vez a importancia dela em minha vida, o amor indescritivel que sempre nos uniu...é difícil demais.
Acordei hoje parecendo estar de ressaca. Ao invés da dor de cabeça, a dor na minha coluna às 7:50 da manhã me empurrava para sair da cama. Imediatamente me lembrei da minha realidade. Como adivinhar o que vem pela frente? Como ser otimista diante de tudo isso?
Depende de mim?
E se eu fosse ignorante? Talvez eu não sofresse...
Mas a realidade nua e crua me invade e eu não consigo ser otimista.
As pessoas me pedem para eu lutar, não desistir, pois sou importante para elas. Mas como saber de minha importância?