segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sem Sol


O sol que tantas vezes me iluminou, me aqueceu, me chateoou, me cansou, que me deu energia, não poderei te-lo mais.
Terei a companhia do filtro solar 60, apenas.
O dia amanheceu cinza...mesmo o sol saindo um pouco mais tarde, foi cinza.
Eu não queria mais existir, como ainda não quero, porque o proximo instante é totalmente desconhecido e eu temo pelos degraus que precisarei descer...

domingo, 21 de junho de 2009

Assim caminha a humanidade


Os filhos são tudo na nossa vida, pelo menos na minha.
Eu vivi todos esses anos em função deles. Fui uma mãe regular para Guilherme, mas uma ótima mãe para Luiza. Aos 33 anos, me senti completa para educa-la, ama-la, participar melhor da vida dela.
Quando Guilherme nasceu, havia uma ansiedade maior, e quando ele ia fazer 1 ano de idade, perdi um filho, que nasceu a termo, mas com problemas genéticos.
Minha mãe, quando eu nasci, tinha 36 anos. Não havia planejado gravidez nenhuma, mas procurou ser uma mãe presente, mesmo trabalhando fora. Ela conta que ficou de licença 10 meses, só me amamentando. Deve ser por isso que eu sempre fui grudada com ela. A ponto de achar bom ficar doente para poder te-la em casa só cuidando de mim...
Agora é dificil ver que ela está muito mais minha filha do que minha mãe. Que ela pode partir a qualquer momento e deixar um vazio enorme no meu peito.
Por conta disso, me percebi órfã. Um dia não terei mais aquela pessoa que me perguntava "se eu precisava de alguma coisa", que me dizia "tudo vai ficar bem".
E assim caminha a humanidade: ganhos e perdas, basta sabermos administrar.

Mamãe entre nós - 2002