domingo, 18 de maio de 2008

Ponto pra mim!


Por falar em 1973, neste ano eu me meti numa excursão com minha amiga Celinha e a mãe dela para Buenos Aires e Montevideo. Foi uma viagem longa porque fomos de ônibus.
Claro que levei dúzias de Dramin na bolsa e dormia horas. Mas quando estava acordada, sempre era divertido, porque passamos a ter maior intimidade com o pessoal todo.
Tinha gente de todo o tipo e lugar. Gente de Manaus, do Recife, de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Niterói.
O ônibus ia parando em cada cidade, onde tínhamos um pernoite no Hotel e no dia seguinte continuava a viagem. E assim fomos até São Paulo, depois Curitiba, Blumenau, Porto Alegre. Em Porto Alegre pegamos um ônibus mais confortável, tipo leito, e rumamos para Montevideo.
Cidade linda, mas vazia. Quase não se via ninguem na rua. O Hotel era ótimo e confortável.
Ficamos lá 2 dias e depois fomos para Buenos Aires. Pode-se ir pra lá Rio da Prata, num tipo Aerobarco, que levava 55 minutos para chegar. O negócio ia saculejando por aí afora. Lá chegando, fiquei encantada com tudo.
As pessoas eram todas bonitas. A cidade limpíssima. O comércio baratíssimo. Comprei várias coisinhas para mim e para a familia, como por exemplo um tênis adidas legítimo, branco com azul. Um charme. Estava na maior moda usar um Adidas legítimo!
Conheci praticamente tudo em Buenos Aires. Ficamos lá 5 dias.
Na volta, fomos parando com mais vagar nas cidades.
Fomos a Punta del Este, que é fantástica. Andamos de teleférico. O visual era incrivelmente lindo! Depois, já em Porto Alegre, fomos a Caxias do Sul, Gramado, Canela, Nova Hamburgo. Visitamos fábricas e até vinícolas. Pensava no quanto Papai gostaria de ver tudo aquilo que eu estava vendo.
Papai era um homem viajado. Viajou o Brasil inteiro. Só não conseguiu ir para o exterior. Morreu sem ter conhecido Portugal, sua paixão.
Mas enfim, depois do Rio Grande do Sul, fomos para Santa Catarina e conhecemos Florianópolis, Blumenau, Joinville. Era Janeiro e estava muito calor. Não fui à praia, mas mergulhei muito na piscina do Hotel.
A mãe de Celinha usava uma peruca "Kanecalon" e sempre na hora de dormir a peruca fica "assustando" em cima da cômoda. Era engraçado isso!
Em cada cidade, sempre rolava uma paquerinha com alguem. ;)
Em Curitiba, que é uma graça, fui ao cinema ver "Blow Up". Sempre adorei cinema. Não perdia um filme sequer!
No outro dia, fomos num restaurante aonde tinha um garçon "famoso". O cara já tinha ido no Programa do Chacrinha e tal. Na verdade, eu não achei muita graça no cara não. O melhor era a palhaçada que rolava entre a ala jovem da excursão.
O chato é que tinha que acordar cedo todo dia. Mas foi uma viagem que entrou para a história. E o mais legal de tudo é que quando Celinha me convidou para essa viagem, eu não esperava que papai me deixasse ir, afinal ele nunca havia pago viagem nenhuma pra nenhuma das filhas dele. Ponto pra mim! :)



Nós no Restaurante de Curitiba
Eu, D. Lucy e Celinha em Punta del Este

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