segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Mediocridade saudável

Se todas as pessoas que trabalham com a doença mental ou com vara de familia, ficassem só falando de psicoses, neuroses, falando da filosofia de Nietszche, falando das leis, de justiça, conversando sobre a recessão, falando do presidente Lula, que vida elas teriam?
Seriam, provavelmente um porre de se conviver, não é mesmo?
Por isso levanto a bandeira da mediocridade que é falar de pessoas, ler revista "Contigo" e saber das "fofoquinhas" da TV. A cabeça precisa de coisas fúteis, sometimes, para amenizar a rotina do cidadão que trabalha feito um corno, que paga as contas da casa, que administra os filhos, que administra a propria doença e sabe-se lá o que mais ...
Discutir ideias é ótimo, mas não sempre. De vez em quando cai bem falar de pessoas. Das observações que fazemos delas quando estão bebadas, quando estão falando merda... é divertido falar "abobrinhas".
Observar pessoas e analisa-las é mais do que um hobby para mim. É uma coisa que nasceu comigo.
É um serviço prestado. É uma delicia interpretar as entrelinhas dos fatos.
Tenho deletado todos os e-mails que falam de política, de lula, de correntes religiosas... too bored!
Bom mesmo é estar fora da rotina, é viajar para fora do país, ter contato com outras culturas, com outras linguas, experimentar temperos novos, driblar a doença que somos nós.
O mundo dá voltas e tudo muda. Eu posso mudar amanhã. Só os objetos são estáveis.
Hoje eu estou com raiva, mas amanhã posso não estar.
Hoje eu sou engraçada, mas amanhã posso falar coisas previsíveis, ser óbvia.
Aliás, que chatas essas pessoas que são previsíveis!!!
Mas tem uma coisa, você me ama? Então demonstre isso hoje. Amanhã pode ser tarde demais.
Eu poderei não estar aqui e as homenagens devem ser feitas quando estamos vivos e não quando estamos mortos.
Vou nessa!

Um comentário:

Unknown disse...

Ainda que seja entre letras, deixo dito em realidade que você é muito especial. Escrevi sobre essa mania de julgarmos pessoas por momentos hoje mesmo. É intrigante o quão ridículos conseguimos ser todos os dias.

www.paulamaximano.blogspot.com